O Jeep militar original, que começou a ser fabricado em 1941 e saiu de linha em 1984 © Foto: Automotive Database

Veja no vídeo mais abaixo a enorme agilidade desses seis soldados do Canadá e, mais ainda, a extraordinária simplicidade da estrutura e da mecânica de um velho jipe militar — um Jeep autêntico –, que os rapazes conseguem desmontar inteirinho e voltar a montar, pedaço por pedaço, em apenas quatro minutos.

O Jeep começou a ser fabricado em 1941, como veículo militar, de grande mobilidade e versatilidade no campo de batalha.

Os Estados Unidos, em seu brutal, inigualável esforço de guerra na II Guerra Mundial, chegaram a produzir mais de 700 mil Jeeps entre 1941 e 1945 — da declaração de guerra ao Japão até o rendimento do império japonês, que se deu após o da Alemanha nazista — para despejá-los nos fronts da Europa, África do Norte e Pacífico.

Depois, em versão civil, com diferentes fabricantes e sob diferentes franquias, os jipes ganharam o mundo. E a marca se transformou para sempre em sinônimo de um tipo de veículo. Ele começou a ser fabricado pela Willys Overland, empresa depois incorporada à Kaiser Motors, que por sua vez passaria mais tarde a pertencer à hoje desaparecida American Motors até que esta foi comprada pela Chrysler, em 1987.

Posteriormente, tornou-se parte do conglomerado formado pela Fiat italiana e a Chrysler americana. Desde 2019, é da Stellartis, grupo automotivo com sede na Holanda e que somou a Fiat e suas marcas e mais os franceses da Peugeot-Citröen, que produzem também veículos Opel, DS e Vauxhall. O maior acionista individual da Stellartis é a Exor, empresa da família Agnelli, fundadora da Fiat, com 14,4% das ações.

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Um Humvee em ação no duro terreno do Afeganistão (Foto: U. S. Marine Corps)

As Forças Armadas dos EUA, especialmente o Exército, continuaram utilizando o rústico, quase indestrutível Jeep até 1984, quando o velho herói de guerra foi substituído por um novo conceito de veículo — mais estável, capaz de subir rampas inverossímeis, apto a ser blindado, a carregar mais soldados e mais armamentos, o Humvee, ou Hummer.

“Humvee” é na verdade uma sigla para a expressão, em inglês, “veículo sobre rodas multipropósito de alta velocidade”.

De minha parte, tenho saudades do velho Jeep. Até meus 12 para 13 anos de idade, quando meu pai comprou uma Rural Willys para transportar mulher e 5 filhos, a família só andava encarapitada em jipes — foram quatro ou cinco diferentes, ao longo dos anos — no então áspero e rude interior do Paraná, sem 1 centímetro de asfalto e semicoberto de florestas.

Vejam agora o espantoso monta-e-desmonta de um Jeep militar:

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10 Comentários

Markito-PI em 14 de setembro de 2011

Este velho herói de guerra ainda é , HOJE, meu objeto de desejo, aqui nos confins do Piaui.

CARLOS MATTOS em 12 de setembro de 2011

JAMAIS ME SURPREENDEREI MAIS PELOS CARAS DA FORMULA ONE, ESTES SOLDADOS, FIZERAM MUITO MAIS QUE ELES FAZEM, QUANDO TROCAM 4 PNEUS EM UMA UNICA PORCA, PARABENS E QUE DIFERENCA FAZ, SE SAO 6 OU 8??

Romeu em 11 de setembro de 2011

O pessoal que rouba estepe aqui em SP é muito mais rápido.. levaram o meu em 12 segundos

Carnicero em 11 de setembro de 2011

Patrícia m. : pelo texto são soldados e canadenses. Eu só fiz uma anotação pelo fato que o texto diz que são seis soldados mas, contando, são oito. Abraços. Os que desmontam e montam são seis.

*Mari Labbate*44milhões em 11 de setembro de 2011

OS PETISTAS SÃO MAIS RÁPIDOS!

José Figueredo em 11 de setembro de 2011

O velho jeep de guerra(contra os terrenos íngremes),ar condicionado(ao tempo),direção idráulica(braços do chofer),caixa sincronizada(no tempo certo).Milhares de bons motoristas foram formados no lombo do burrinho.Duro,seco,bruto,transportou mulheres grávidas para a maternidade,e noivas para o altar.A quela "PRIZE" era o ponto fraco do bichinho(recuperei um montão delas).Que saudade do bólido mais cobiçado por gerações.Pela quantidade que rodava em estradas infernais,até que dava poucos acidentes fatais.Recentemente perdi um amigo esmagado pelo acessório que os jipeiros insistem em enfeitar seu veículo(grossos tubos moldados a capota.É um dos veículos mais cultuados e que recebem investimentos generosos dos aficcionados proprietários.

Tereza MG em 10 de setembro de 2011

Oh! Setti, Momento nostalgia! Jeep, Rural Willys, barro até os joelhos, estradas esburacadas ( será que mudaram, afinal?)Você teve da mesma infância deliciosa que eu... Férias na fazenda: o paraiso. Grande abraço, Tereza É verdade, Tereza. Nâo dá pra esquecer. Só que Minas na época era superdesenvolvida perto do interiorzão bravo e pouco desbravado do Paraná... Felizmente, as estradas no Paraná mudaram muito -- para melhor. Creio que, depois de SP, talvez tenha as melhores estradas estaduais do país. Abração

patricia m. em 10 de setembro de 2011

Carnicero, sera que nao sao do Corpo de Bombeiros? Setti, o Jeep continua ser o off-road mais bonito e interessante na minha opiniao. Bate de longe o Land Rover, por exemplo.

Paulo Bento Bandarra em 10 de setembro de 2011

Eu já tenho saudades do Land Rover, de frente quadrada, verde escuro, grade de tela e pneu sobre o capô do motor, que andava com meu pai na infância, em São Paulo. Aqueles veículos usados na África em filmes de safáris. Depois ele voltou para o sul, e recebeu um Jeep Willis (ainda) para percorrer o RGS. Tinha capota de lona e entrava frio e vento. Quando recebeu outro, com capota de aço, o interior do RGS não devia ser diferente do interior do Paraná. Levava correntes para colocar nas rodas quando chovia e atolava. Quando íamos visitar o meu avô no interior, passávamos o dia no Jeep para chegar lá, passando por balsas e estradas de terra. Tinha que atravessar o rio Guaíba, de balsa, e era um inferno (para nós, crianças) esperar aquelas filas enormes de carros aguardando a sua vez para embarcar na balsa. As acomodações da parte de trás dos jipes eram muito desconfortáveis, os bancos laterais de aço dos para-lamas traseiros. As rurais, com cabine inteiriça, eram mais confortáveis.

Carnicero em 10 de setembro de 2011

Ops! são oito soldados de camisa vermelha. Não que isso desmereça o feito.

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