Sou suspeito para dizer que um dos melhores times que já vi jogar foi a Seleção Brasileira que disputou — e não ganhou — a Copa de 1982. A foto grande mostra Falcão empatando a 2 a 2 a partida que o Brasil acabaria perdendo, por 3 a 2, sem mercer, para a Itália.
Tenho ligações afetivas com aquela Copa, porque, na época em VEJA — eu deixaria a revista depois, para passar por diversos veículos, só retornando mais de 20 anos mais tarde –, fui encarregado pelo então diretor de Redação, José Roberto Guzzo, de chefiar a equipe da revista que cobriu a competição na Espanha.
Além dessa responsabililade, eu recebi uma ainda maior: cobrir a Seleção Brasileira, tarefa que seria feita por cerca de 400 colegas jornalistas.
Conheci de perto cada um dos jogadores, de certa forma convivi com eles e com a equipe técnica, comandada pelo grande Telê Santana, vi o impressionante encantamento da torcida da Espanha, sede da Copa, pelo time em que brilhavam Sócrates, Falcão, Zico, Júnior, Oscar, Eder e tantos outros grandes jogadores, presenciei a amargura da eliminação para a aplicadíssima, mas medíocre equipe da Itália…
Qualquer dia vou tentar escrever sobre isso. Tenho montanhas de anotações e até uma entrevista exclusiva, na época dificílima, com Telê, que jamais seria publicada.
Por ora, fiquemos com o filme abaixo, narrado em inglês. Mas as imagens carregam linguagem universal. E o vídeo é um resumo de apenas 5 minutos.
20 Comentários
Ricardo, as virtudes da Seleção de 82 já foram cantadas em versos e prosa , sem dúvida o conjunto era fantástico, o trio mágico (Zico, Falcão, Socrates) era uma verdadeira sinfonia, porém perderam o título por vários erros cometidos, alguns imperdoavéis : - Mestre Telê subestimou a força física da Itália, armou o meio de campo sem volantes de pegada, apenas com Cerezo , deveria ter escalado Batista que era um verdadeiro pitbull, excelente marcador. - Zico genial, mas estava lesionado, fez teste antes de ter sua escalação confirmada, nosso goleiro (Valdir Peres) era muito fraco, erro de convocação, bola aérea era um sufoco, Chulapa outra teimosia de Telê, Sócrates se arrastava em campo nos 15 minutos finais, enfim....... - Paolo Rossi, um jogador mediano, se consagrou, fez (3) gols na Seleção, dois gols por falhas bizarras de nossa zaga. - Cerezo FALHOU grotescamente e deu um gol de presente, o lance do terceiro gol da Itália, poucos comentam, mas JÚNIOR falhou infantilmente, o lance se originou de um escanteio, Sócrates cabeçou pra fora da pequena área, a zaga saiu .... mas JÚNIOR demorou a sair.... dando condições de jogo a Paolo Rossi, no rebate da bola, voltou e encontrou o italiano sozinho dentro da área para fazer o gol fatídico. Foi um dia difícil para mim, aceitar tantas falhas. Vários técnicos renomados aplaudiram a Seleção, mas criticaram o esquema de TELÊ para aquele mata mata, jogo aberto, sem proteção defensiva, Cerezo tremeu o jogo todo, emocionalmente estava instável, deveria ter sido substituido. O DESASTRE DO SARRIÁ - ESPANHA Futebol é polêmico, mas topo debater algumas falhas cruciais que foram cometidas. Abraços - Carlos Nascimento.
EU TINHA TREZE ANOS. NA EPOCA PENSEI QUE FOSSE INJUSTIÇA. MAS ANALISANDO FRIAMENTE TRES DECADAS DEPOIS, NÃO FOI NENHUMA TRAGEDIA. A ITÁLIA ENTROU NA COPA DE POIS DA PRIMEIRA FASE RUIM COM TRES EMPATES, MAS NA FASE DECISIVA, JOGOU TUDO O QUE PODIA COM UMA FORTE E DISCIPLINADA MARCAÇÃO. A SELEÇÃO BRASILEIRA NÃO ESTAVA ACOSTUMADA COM MARCAÇÃO FORTE. QUERIA GANHAR DEPENDENDO DE LANCES INDIVIDUAIS GENIAIS, O QUE JÁ NA EPOCA ESTAVA MUDANDO DENTRO DO FUTEBOL. HOJE SE GANHA EM EQUIPE.A ITALIA FOI MUITO MAIS EQUIPE QUE O BRASIL. O BRASIL NÃO TINHA DEFESA, O JUNIOR SÓ SABIA LEVANTAR O BRAÇO E PEDIR IMPEDIMENTO ENQUANTO OS ITALIANOS ATACAVAM.
A seleção da Itália foi extremamente medíocre. Logo na primeira fase empatou com Camarões e quase voltou pra casa "sotto i pomodori". A imprensa italiana foi implacável, impiedosa com o Bearzot. A Itália fez 3 gols no Brasil por erros cometidos pelo time do Telê, seja na marcação, seja nos passes errados, seja nas oportunidades perdidas. Mas, mesmo dando tudo errado, o Brasil jogou melhor e sempre procurou a vitória, embora bastasse o empate. Depois daquele dia (5 de julho de 1982), perdemos a ingenuidade e deixamos para sempre a magia do futebol-arte para abraçar um estilo mais europeu (il catenaccio). Basta ver na Seleção atual: somente dois jogadores atuam no Brasil: Fred e outro que não lembro o nome agora.
Prezado Setti: Não havia lido os comentários. Discordo de você quando diz que o time da Itália era medíocre - não, não era, tinha jogadores fantásticos como o Bruno Conti, o Antognone, o Cabrini, um meio campo e uma zaga ferozes na marcação, o grande Paolo Rossi e uma disciplina tática invejável, além de um preparo físico espetacular - dizem até que fizeram o tal do dopping sanguineo, em que o atleta armazena seu próprio sangue durante alguns meses e injeta de volta no dia da competição, aumentando o número de glóbulos vermelhos e facilitando a respiração celular. O primeiro gol da Itália é uma aula tática: o centroavante que jogava enfiado - o Graziani - puxa o Oscar para fora da área, o Bruno Conti faz a virada de jogo para o Cabrini que mete a bola no buraco deixado pelo Oscar, onde aparece o Paolo Rossi livre para fazer o gol, nas costas do Luisinho e com o Júnior só assistindo. O lance do segundo gol, em que o Brasil todo xingou o Cerezo, ninguém se lembra que o Júnior (de novo) foi que nem uma mocinha no Paolo Rossi, dando um carrinho ridículo de frente para tentar pegar a bola quando o correto era deixar o corpo para o italiano, trombando com ele e matando o lance ali - P@##A, ELE ERA O ÚLTIMO HOMEM!!!!. No terceiro gol, como algué citou aí embaixo, o Júnior ficou dormindo embaixo da trave enquanto a bola saiu e voltou para dentro da área - e aí tem um detalhe de boleiro: por quê ele ficou parado ali? PORQUE NÃO CONFIAVA NO GOLEIRO!!! Toda vez que a defesa não acredita no goleiro tende a vir mais para perto e até mesmo para dentro do gol - e isso é sempre fatal. É isso aí. Vejam o jogo direito, e me digam se o grande Júnior - jogador fantástico - não falhou nos três gols da Itália. Abs Abs
Prezado Setti: Perdemos aquela Copa um pouco pela teimosia do Telê - deixou Leão no Brasil e levou o apenas bom Valdir Perez. Além disso, o lance que resultou no terceiro gol da Itália saiu de um escanteio dado "no grito" pelo bandeirinha. Até hoje acho que a bola não saiu - pode ver que o Valdir Perez bate a bola para baixo, ela pega na linha e sobe reta, o que significa por óbvio que ela saiu reta da mão dele - portanto, NÃO ESTAVA FORA DO CAMPO!!! Por último, uma curiosidade: meu saudoso primo Bibo estava no Sarriá com seu irmão, a esposa e meus tios, do lado oposto ao das câmeras de TV e filmou o lance capital do jogo: a cabeçada do Oscar aos quarenta e todos do segundo tempo que o maldito do Dino Zoff defendeu. Meu primo teve a felicidade de dar um zoom no lance e pegou um detalhe que eu só vi na filmagem dele: o Zoff faz a defesa, a bola escapa para o lado esquerdo e vai entrando no gol. O italiano, caído sobre o braço esquerdo, se estica como se fosse de borracha e coloca os dedos da mão direita sobre a bola, parando-a em cima da linha. Detalhe: não parou a bola com a palma da mão, MAS COM A PONTA DOS DEDOS!!!! O Chulapa, que no Paulistão daria um carrinho chutando bola, goleiro, bequeira adversária e o que mais tivesse pela frente para dentro do gol, com aquela história de virar "bonzinho" (no jogo pediu até desculpa a um italiano por uma dividida mais forte!!! O CHULAPA!!!), ficou estático, olhando a cena. Nunca vi em nenhum lugar o lance do ângulo filmado pelo meu primo. Para mal dos pecados, algum tempo depois da Copa entraram ladrões na casa da minha tia e levaram, entre outras coisas, essa fita. A consternação foi geral - como falei, não vi em lugar nenhum aquele lance filmado de forma a lhe dar toda a sua real dose de dramaticidade. Finalizando, era um baita time, porém com um zagueiro muito franzino para enfrentar os atacantes europeus (Luisinho), um centroavante que tinha na raça e não na técnica sua maior qualidade e, pela maneira do Telê ver o futebol, acabou se descaracterizando e deixando a raça de lado, e um goleiro que não despertava confiança, o que acabou se revelando como fatal para aquele timaço. Abs
Puxa, Setti! Eu achava que você torcia para a Itália. Me impressionou!
O Careca, novinho, artilheiraço, já estava atuando no ataque da seleção nos treinos, quando teve uma "misteriosa" distensão muscular que o tirou da Copa, efetivou o Serginho como titular e colocou o veterano Roberto Dinamite no avião para a Espanha . Dizem que a contusão do Careca foi um trabalho da então amorosa esposa do Roberto Dinamite: a "misteriosa" Cabocla Jurema . Folclores do futebol! . Mas que o eterno amor da Cabocla Jurema pelo Roberto Dinamite prejudicou uma nação inteira, e a seleção de 82, ah isso prejudicou..."por causa" dela saiu o Careca artilheiraço, com 18 aninhos e entrou aquela baranga do Serginho Chulapa, atrapalhando o Zico de chutar a gol, no jogo contra a Itália!! Esqueça as teorias conspiratórias. Eu estava lá e vi o treino em que o Careca se contundiu -- infelizmente. Abraço
Seleção de 82...timaço! Ousadia do Telê, de colocar 3 craques do Galo, como titulares (seriam 4, se o Reinaldo não estivesse em decadência precoce...O Paulo Isidoro, também do Galo, que era um Robinho melhorado, era reserva de luxo)...essa seleção só não foi formada em 78 porque o Coutinho foi bairrista e barrou os mineiros do Galo e Cruzeiro e o Falcão, do Inter (o Sócrates ainda não tinha surgido: O Coutinho não montou a Seleção de 82 em 78 porque não quis, porque não era o Telê: O time que o Coutinho podia ter montado e não quis: Leão; Nelinho, Oscar, Amaral e Edinho; Cerezo, Falcão, Zico e Rivelino; Reinaldo e Joãozinho...mas era muito mineiro e gaúcho, o carioca Coutinho não aguentava...tivemos que esperar a "coragem" do Telê, de colocar 3 atleticanos como titulares na Copa,,, . Os melhores daquela seleçãozaça, na Copa (é só ver os vídeos, para constatar) . 1. Sócrates; 2. Falcão; 3. Éder; 4. Luisinho; 5. Zico; 6. Cerezo; 7. Júnior; 8. Leandro; 9. Oscar; 10. Serginho; 11. Valdir Peres. . Mas a Seleção de 70 foi ainda melhor, tinha mais gênios artilheiros: Pelé, Tostão, Gerson, Rivelino, Jairzinho, Clodoaldo e Carlos Alberto! Melhor time da história do futebol!
Eu assisti aqueles jogos... e como todos, chorei na fatídica partida contra Rossi (porque a Itália mesmo, não jogou, foi ele!). Realmente era uma seleção que jogava encantando, era fantástica! Fico aguardando a postagem, Setti... certamente será daqueles pra arquivar!
Ricardo, Olhando aqui para os meus botões( botões do celotex), o camisa 09 do meu time imaginário de 1982 está com a foto do fantástico CARECA, que foi cortado por contusão, me desculpe....rs.rs.rs.... mas......imaginemos o CARECA ao lado de Zico, Falcão, Sócrates, Éder, ao invés de Serginho Chulapa, seria uma verdadeira obra prima. Convenhamos, Valdiz Perez e Serginho Chulapa, eram os peixes fora do aquário.
A derrota para a Itália, do "largo" Paolo Rossi, até hoje foi o único dia q chorei [tinha 13 anos] por causa de futebol - e olha q meu coração corinthiano já tomou umas pancadas doídas! Jamais o Brasil juntará jogadores soberbos como esses [hoje só temos jogadores com A Soberba exacerbada!].
Dura realidade: a Itália jogou melhor e mereceu ganhar! :( Bruno Conti (creio eu) disse que "se Brasil e Itália jogassem 20 vezes o Brasil ganharia 19!". Infelizmente para nós - brasileiros - a Squadra Azzurra ganhou! E era para ser "4x2": o juiz anulou um gol legítimo italiano (por impedimento). E não marcou um penalti em Zico (teve a camisa rasgada!). Marcou toque no braço de Zico! E Zico mostrando a camisa rasgada... :( Waldir Peres de goleiro e Serginho Chulapa de centroavante num dava mesmo. O gol do Doutor Sócrates foi espetacular. Tabelinha com Zico - marcado por 3 - e passe sensacional para o Doutor. Zoff - 40 anos - pulou como um garoto de 10 anos fazendo os brasileiros chorarem como criança de 5 anos! :(
Concordo. Se a seleção de 1982 fosse campeã do mundo não se discutiria qual a melhor seleção brasileira de todos os tempos. Para mim a mais completa foi a de 1958 (dois craques para cada posição); a de 1970 é inquestionável; mas a de 1982 foi a que me empolgou.
Com Serginho Chulapa, Valdir Perez e Luizinho não dava mesmo...
Ricardo, Vou cobrar essa entrevista que o Mestre Telê concedeu, deve ser histórica. Muitas dúvidas, vou ser paciente, tente responder às indagações abaixo : - É verdade que Júnior no vestiário (ntervalo) passou um pito no Toninho Cerezo, pela falha no ERRO do passe que resultou no gol do Paolo Rossi ? - Vc como chefe da Veja nunca questionou o Mestre Telê por escalar um "frangueiro" como o Valdir Perez ? - No último gol da Itália, houve o rebote no escanteio, a bola sobrou para o Paolo Rossi, ele só fez bater para marcar, ali ocorreu uma FALHA GRITANTE (reveja o vídeo) Júnior (hoje comentarista do plin, plin)ficou parado debaixo da trave, dando condições ao atacante italiano, se ele fizesse o que normalmente todo mundo faz, saísse junto com os nossos zagueiros, o Rossi estaria IMPEDIDO, o gol seria anulado ? concorda comigo ou não ? Por último, ao final do jogo Sócrates perdeu um gol incrível, além de Dino Zoff ter operado milagre na cabeçada de Oscar, enfim, o destino quis que a história fosse escrita dessa maneira, mas...... abração. São perguntas demais, meu amigo Carlos, e eu precisaria consultar minhas anotações para não cometer injustiças. 1. Preciso checar, mas parece que houve a conversa do Junior com o Cerezo, sim. 2. Eu não cheguei a questionar porque o Valdir Perez tinha bom cartel no São Paulo e não vinha comprometendo. O melhor dos três goleiros, disparado, era o Carlos, o "Ganso", na época ainda na Ponte Preta e muito tímido, não se impunha, não tinha a personalidade forte que acabou adquirindo mais tarde, no Corinthians, por exemplo. O primeiro reserva, que ficou sendo uma excelente fonte para mim e era ótima praça, Paulo Sérgio (então no Botafogo), era um bom goleiro, mas de estatura muito abaixo do desejável. O Ganso era enorme, tinha pelo menos 1,90 m. 3.Não consigo culpar o Junior pelo lance por causa da rapidez. Se você olhar a jogada desde o princípio, a coisa começa com um chute ERRADO a gol do Tardelli, meio-campo da Itália. A bola repica aqui, repica ali e acaba entrando. A cabeçada do Oscar não ter entrado foi milagre puro salvando o medíocre time da Itália. Acho que foi o campeão do mundo de campanha mais medíocre -- três empates na fase de grupos! Abraço
Como era diferente naqueles tempos! A eliminação do Brasil foi um dos momentos mais tristes para os brasileiros, se não o pior deles. Nunca assisti outro momento na nossa história em que houvesse tanta unanimidade. No entanto, mesmo com toda a frustração não houve quebra-quebra, violência, agressões, ninguém incendiou ônibus. Só tristeza, uma grande tristeza em que, em silêncio, foram enroladas as bandeirinhas e voltou-se para dentro de casa. Todos sabiam do valor daqueles jogadores e da liderança genial de Telé Santana. Momentos assim devem mesmo ser recordados porque são históricos e não voltam mais.
Muito bem lembrado dessa seleção, era de encher os olhos. A partir desse "fracasso", os comentaristas esportivos começaram a atacar o futebol arte...depois dessa copa nosso futebol virou um futebol de "trogloditas", perdemos o encanto que tinhamos.
Caro Ricardo Setti, respeito sua pessoa por ser um aficionado em futebol. Porém o futebol é uma coisa lúdica que mal elaborada faz muito mal a nação. O Brasil sem futebol progrediria muito mais, além do mesmo ser irrelevante no que concerne a distribuição de renda e desigualdade social. Hoje o futebol serve muito mais para lavagem de dinheiro do que para orgulho de um esporte que eleva um país. Está, o futebol,completamente infiltrado por vigaristas e mafiosos que ganham em detrimento dos atletas e reais admiradores. É realmente uma coisa menor que serve a objetivos os mais falaciosos do planeta. Desculpe grande Setti pela sinceridade.
Legal, também me marcou muito essa época, você só mudou a orem natural das coisas caso seja a intenção : zico, falcão sócrates, júnior, oscar, éder. Se pensei mal, desculpe, se pensei certo, cito o mesmo post de umas semanas atrás, menos bairrismo e mais realidade. Você está viajando! Bairrismo aonde, meu amigo? Santo Deus, tem gente que enxerga chifre em cabeça de cavalo!
Boa tarde Sr. Ricardo Vídeo maravilhoso, excelente escolha da musica e além do nosso saudoso Telê, ainda contou com narrações do querido Luciano do Valle. Valeu. Um abraço