Um assalto a banco nos Estados Unidos dos anos 50: aqui é bem diferente (Ilustração: Tamas Gaspar) © Ilustração: Tamas Gaspar

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Ilustração de um assalto a banco nos Estados Unidos dos anos 50: aqui é bem diferente © Ilustração: Tamas Gaspar

Já passei por uma experiência vivida por incontáveis cidadãos brasileiros: estava tratando de assuntos particulares numa agência de banco em São Paulo quando ela foi assaltada por uma quadrilha fortemente armada.

Minha mulher, minha filha, meu filho e eu, em diferentes épocas e situações, já tínhamos sido assaltados.

Foi, contudo, a primeira vez em que alguém de minha família se viu no meio de um roubo a banco.

Os bandidos, seis ou sete, não se preocuparam minimamente com as câmeras de vigilância, renderam com facilidade os dois seguranças da agência — fisicamente muito fortes, armados e com coletes à prova de balas –, não fizeram algazarra e pareciam conhecer detalhes operacionais do banco, pois seu interesse todo estava voltado para a caixa-forte, no segundo andar da agência.

Os bandidos, alguns até de forma educada, saíram pela agência dizendo frases como:

— Fiquem tranquilos. Não é nada com vocês. Não vai acontecer nada com vocês.

Quando, mesmo antes disso, percebi que se tratava de um assalto, estava sentado diante de um dos funcionários e procurei fazer o que se recomenda em tais casos, não chamar a atenção dos criminosos de jeito nenhum: joguei com cuidado ao chão meu celular, tentei encobri-lo com uma pasta de couro que levava, permaneci sentado, imóvel, com as mãos sobre as pernas e olhando para baixo.

A essa altura, algumas mulheres começaram a chorar e pouco depois a coisa ficou muito tensa porque os bandidos, ao checarem a porta automática, verificaram que estava travada (a causa deve ter sido algum mecanismo de segurança ou algum ato involuntário de alguém) e passaram a xingar e ameaçar aos berros os guardas do banco, enfiando uma pistola na cara de um deles.

O clima melhorou com a liberação da porta, mas aí um alarme disparou. Muito corajosa, a gerente da agência começou a dizer a um dos cabeças, um homem negro forte, de estatura média, vestido com terno preto e gravata, e que me parecia estrangeiro:

— Moço, é melhor vocês irem embora, a Polícia já está vindo, o alarme acionou automaticamente.

Ela repetiu várias vezes o apelo, enquanto os bandidos subiam e desciam a escada para o segundo andar, mantendo o pessoal que estava no térreo, eu inclusive, claro, e falavam sobre códigos e mochila.

Finalmente, deixaram a agência — talvez um minuto antes de, com rapidez para mim espantosa devido ao pesado trânsito na região, chegar ao local um reforçado contingente da ROTA, a tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo, comandado por um sargento.

Ressabiados, usando coletes à prova de balas e grossos escudos protetores, os policiais foram se aproximando, mandaram os dois seguranças cruzar a porta de segurança na direção deles e se deitarem no chão, enquanto os interrogavam, e já mandaram todos os demais levantar as mãos — não sabiam se ainda havia bandidos no prédio. Depois, tivemos que ficar de costas para os policiais, com as mãos na parede, enquanto éramos revistados e indagados sobre dados pessoais e o que fazíamos na agência.

Com cuidado, e sob gritos de ordens, alguns revistaram instalações no térreo e os mais protegidos subiram para onde estava o cofre. O sargento comentou com o grupo no térreo:

— Pelo jeito dos seguranças, pode haver reféns lá em cima.

Não havia. Nesses poucos minutos, já haviam entrado na agência investigadores da Polícia Civil e continuaram a chegar viaturas das duas polícias.

Os investigadores assumiram as perguntas para os funcionários, foram checar as fitas de vigilância e, aos poucos, o sargento da PM liberou os clientes apanhados de surpresa por esse ato rotineiro da vida do brasileiro. Fiquei positivamente surpreendido com o comportamento de vários PMs, que haviam sido rudes, embora não violentos, com os circunstantes — embora tenham voltado mais sua atenção, como sempre ocorre, para um rapaz não branco.

Três dos policiais da ROTA explicaram que a Polícia não pode facilitar em tais ocasiões, pois os bandidos trocam de roupa durante os assaltos, para confundir, usando inclusive uniforme de carteiro dos Correios (parece inacreditável , mas juro que havia um carteiro de verdade entre nós) ou mesmo fardas falsificadas da PM.

Quando deixei a agência, contei 21 viaturas da Polícia ao redor do edifício. O sargento garantiu à gerente que os bandidos serão capturados.

— Tá bom… — duvidei junto à gerente, quando todos haviam se retirado.

Dez dias depois, contudo, precisei ir novamente à agência e, ao comentar sobre o “nosso” assalto com a gerente, ela me contou:

— Você sabe que a Polícia prendeu a quadrilha inteira? Eles estavam assaltando uma agência no [bairro do] Itaim-Bibi.

(Post originalmente publicado a 13 de março de 2015 no blog que mantive no site da revista VEJA entre 2010 e 2015. Os comentários feitos na época também migraram para este site)

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46 Comentários

GEROLDO ZANON em 15 de março de 2015

PIOR É QUE O PT NOS ASSALTA TODOS DIAS

cel em 14 de março de 2015

Oi Ricardo, infelizmente esse acontecimento terrível nunca mais vai sair da sua cabeça, toda vez que você entrar em uma agência, depois que fui assaltada virei a pessoa mais medrosa do mundo e o pior, estou deixando minha família do mesmo jeito. Até quando as coisas vão continuar assim? Isso se não piorar. Abraços Obrigado por sua simpatia. Na verdade, como ninguém sofreu nada durante o assalto, acabou não sendo um trauma tão grande, felizmente. Um abraço

Marilu em 14 de março de 2015

Eu já passei por isso e é horrível. Os ladrões que assaltaram a agência onde eu trabalhava não eram amistosos, xingavam o gerente e o ameaçavam o tempo todo com o revólver. O assalto foi rápido, mas naquele instante repassei a minha vida inteira. Pensei no sofrimento dos meus pais, no meu marido e quem cuidaria das minhas filhas, caso acontecesse alguma coisa comigo. Foi a pior emoção que eu senti em toda a minha vida e eu demorei muito para esquecer.

Chico Lima em 14 de março de 2015

Grande Setti! Graças a Deus que você está firme e forte após esse susto. Precisamos de sua liderança sempre tão esclarecedora - como um verdadeiro líder deve ser - para que possamos solidificar um estado de direito pleno em nosso país. Bom descanso! Abraços! Obrigado... mas quanto ao descanso, é relativo para um colunista. Cá estou eu, 20h30 de sábado, liberando comentários. Amanhã estarei na redação de VEJA.com, passando antes pelas manifestações para ver tudo de perto. Abraço

irs em 14 de março de 2015

Uma pessoa dentro de um banco quando há um assalto, jamais vai esquecer de todas as cenas que viu, o desespero de todos que ali estavam,e neste momento de medo, de tensão, as pessoas sabem que tudo de pior pode acontecer. A gente vê essas notícias quase que todos os dias e é lamentável quando ocorrem principalmente mortes. Fiquei triste porque foi Setti desta vez, mais uma pessoa que passou por tristes momentos dentro de um banco onde houve o assalto mas, que felizmente não aconteceu nada de grave com ninguém,e é obvio que a situação deve ter sido de muito desespero e nervoso, é só a gente se colocar no lugar de todo aquele pessoal, sem saber se sairia vivo dali. Foi um final feliz para Setti que ficou só com o susto e claro, ele espera, e eu também que nunca mais irá passar por essa situação ou semelhante. Quero aproveitar a oportunidade pra dizer, que parabenizo você Setti, que embora tivesse diante de um fato tão chocante, você como é uma pessoa correta, pois sempre demonstrou isto para seus leitores, ainda teve a tranquilidade para observar e constatar que a policia militar de São Paulo desempenhou o seu papel com muita rapidez e com êxito neste episódio,e até conseguiu contar o número de viaturas que chegavam. É verdade que nem sempre se consegue um resultado positivo das ações da polícia e que isso faz parte do seu trabalho, e que não é nada fácil, mas, eu acredito muito na policia de São Paulo e acho que eles tentam fazer o melhor para que tudo termine bem em qualquer operação que eles participam. Nós estamos cansados de ouvir pessoas que não sabem reconhecer qualidades da PM, e que gostam sim é de só fazer críticas, descer o cacete e ainda humilhar. Quero agradecer o trabalho difícil de todos os dias da Policia Militar de São Paulo, a qual sempre admirei por estar sempre defendendo a população naquilo que é possível. Não podemos ficar só com os defeitos, as qualidades precisam ser reconhecidas para que eles possam trabalhar melhor ainda.

Desouza em 14 de março de 2015

Caro Setti, imagino o que você passou porque já viví uma situação semelhante há anos, e isso me causou um grande impacto emocional que me abala até hoje. Como comentou outro leitor, esses bandidos são conhecedores da lei e dominam a situação com certa desenvoltura, mas são bandidos, o risco foi alto pois poderia haver reféns troca de tiro com a polícia e sabe-se lá que trágicas consequencias isso poderia desencandear. Portanto deixo aquí a minha solidariedade e o meu abraço. Obrigado, caro Desouza. O que aconteceu comigo e com as outras pessoas que estavam na agência bancária não é diferente daquilo por que passaram incontáveis milhares de brasileiros -- infelizmente. Um abraço

Costa em 14 de março de 2015

Ricardo, sou um leitor diário da sua página na Veja, e fico feliz de não ter acontecido nada mais grave com você e com os outros clientes e funcionários do banco. Mais queria aproveitar para manifestar o meu descontentamento, pois a violência esta banalizada no nosso país. O pior é que não sinto perspectivas melhores para o futuro. Um grane abraço.d Obrigado, caro Costa. Também me preocupa muito a questão da criminalidade (não é violência, é CRIMINALIDADE), que não parece estar na pauta de urgências urgentíssimas para os governantes. Abraço

Marco Balbi em 14 de março de 2015

Meu amigo Setti! Solidarizo-me com vc! Abração! Muito obrigado, caro Balbi. Está tudo bem, estou trabalhando normalmente. Abração e bom fim de semana.

Júlia Hane em 14 de março de 2015

Senhor Setti, infelizmente as armas e a destreza da polícia são proporcionais ao dia a dia que enfrentam. Pobre Brasil. Vive muitos anos em Portugal e sei o que é se sentir seguro. Vá para Barcelona, não pense duas vezes.

Motoca em 14 de março de 2015

Estou achando que o bichinho da adrenalina picou você, o que não tem antidoto; Na próxima já vai ter foto, depoimento gravado, etc. Você está total e redondamente enganado, é o que posso lhe dizer. Mas jornalista tem uma espécie de gatilho automático: viu algo relevante, tem que relatar.

domenico em 13 de março de 2015

É uma situação bastante traumática e fico feliz por você e sua família não terem sofrido qualquer violência, assim como os demais que estavam no Banco. Infelizmente, esse é o panorama do dia-a-dia da sociedade brasileira. A gente saí e não sabe se volta, são e salvo ! Uma verdadeira "roleta-russa" ! Obrigado, caro Domenico. Minha família, felizmente, está toda em Barcelona, onde vivem e para onde irei em breve. Abraços

gilson em 13 de março de 2015

Ei Setti, está vendo como Hollywood faz? Você foi artista sem remuneração por alguns minutos.

RUU em 13 de março de 2015

Grande Ricardo! Imagino o que você, os funcionários do banco e os demais clientes passaram durante o assalto. Mesmo nessas circunstâncias o instinto do Jornalista prevaleceu e te permitiu registrar o episódio com tantos detalhes, coisa que, nessas ocasiões, a emoção do momento costuma embaçar. É preciso coragem para isso. Por outro lado, a presteza e o profissionalismo da atuação da polícia deixa-nos alguma esperança de que nem tudo esteja perdido. Essa espécie de crime só diminui com uma polícia bem treinada. Não custa lembrar que esse tipo de assalto foi um crime muito usado, durante a ditadura, pelas organizações de esquerda. Com as prisões de seus quadros, estes instruíram, nas penetenciárias, bandidos comuns nas táticas que adotavam, dando origem ao famigerado Comando Vermelho. Assim, os assaltos a bancos, antes usados como instrumento de "luta política", disseminaram-se entre marginais comuns. E deu no que deu... Parabéns pela sua coragem e profissionalismo. E graças a Deus não temos coisa pior a lamentar. Um forte abraço. Querido amigo Ruy, não tive coragem alguma. Fui apenas mais um entre três dezenas de pessoas que passaram por um mau pedaço reagindo muito bem, como muitos milhares de brasileiros já passaram. No meio da chateação e do stress que é um fato desses, fiquei muito bem impressionado com a rapidez e com o profissionalismo dos policiais militares da ROTA e das demais unidades que acorreram à agência. Com o infernal trânsito de São Paulo, e num dia de chuva, é um milagre, que não sei explicar, a rapidez com que chegaram os policiais -- infelizmente um minuto ou pouco mais depois que os canalhas sumiram. E você tem absoluta razão: os assaltos a banco como o que presenciei hoje, bem como outros tipos de crime -- sequestros, por exemplo --, começaram como instrumentos da infeliz "luta política" pela via armada. Obrigado por sua presença amiga de sempre. Um abração

Cesar Casulari em 13 de março de 2015

Boa noite, Sr Ricardo. Eu sou o funcionário que estava atendendo o senhor nesta tarde infeliz. Todos da agência ficamos bem, as meninas aos poucos se acalmaram, conversamos com os policiais e com psicólogos do banco. Em nome de todos, desejo melhoras e boa recuperação para o Sr, todos gostaram do seu texto, rezamos para que nunca aconteça novamente e que finalmente peguem os criminosos. Não precisa publicar. Abraços! Claro que publico, caro Cesar. Muito obrigado por sua manifestação. Não revelei o banco e a agência para proteger os funcionários -- sabe-se lá o que vai pela cabeça dos canalhas que agem como esses bandidos de hoje. Mas tive a satisfação de cumprimentar a gerente pela coragem dela de insistir com o bando para irem embora devido à certa chegada da polícia. Sabemos como esse tipo de atitude, corajosa, pode irritar bandidos desiquilibrados e paranoicos como certamente eram os de hoje. Aproveito para cumprimentar também você e aos demais funcionários da agência, pelo comportamento impecável. Fico satisfeito ao saber que estão bem. Eu estou bem, felizmente. Obrigado. Um abração

JB Figueiredo em 13 de março de 2015

Fico feliz em ver que não houve vitimas alem do dano material. Do jeito que esta em breve teremos cursos para assaltados e assaltantes para que tudo transcorra da melhor maneira possível. O Brasil ja vive em guerra civil lenta ha décadas, com a deterioração progressiva de premissas básicas da vida civilizada, como a garantia de segurança pessoal e patrimonial. O exemplo vem do alto, com demonstrações diárias de corrupção e impunidade que acabam entorpecendo a sensibilidade das pessoas e gerando uma incapacidade de sentir indignação.

Marcelo em 13 de março de 2015

Alguém já viu o percentual de votos que a Madame Roussef faturou dentro dos presídios destepaiz nesta ultima eleição?

Moacir 1 em 13 de março de 2015

Prezado Setti, Assaltos são eventos cada vez mais frequentes nas nossas vidas.Estar numa situação em que há um risco de dano ou perigo de vida para a gente ou outras pessoas, é assustador e pode causar um monte de estresse. Nos sentimos impotentes,vulneráveis , assustados, irritados e , muitas vezes , até traumatizados.Já passei por isso e acompanhei as reações de dois filhos e sei que até hábitos, humor, apetite, sono e saúde podem ser alterados depois da violência de uma experiência dessas. Geralmente a gente fica meio que atordoado e é preciso um tempo para que paremos de pensar no que poderia ter acontecido. Portanto é com muita satisfação que o leio, logo após o assalto, narrando o que aconteceu de forma tão resolvida ,leve e positiva para seus leitores. Não podemos permitir que a violência que hoje nos ameaça a cada vez que fazemos coisas banais como ir a uma agência bancária , correr de manhã ou pedalar a noite, ir à pé ao cinema ou tomar um chopp ali na esquina, nos impeça de viver.Mas é preciso estar ligado e , principalmente, jamais reagir. Parabéns pelos nervos de aço, pelo relato minucioso e bem humorado e se cuide. Precisamos de você por aqui. Bom bom final de semana para você e os seus. Obrigado, amigo Moacir, por sua mensagem. Mas não tive "nervos de aço" nem fiz nada mais do que as demais 30 pessoas, talvez (incluindo funcionários), que estavam na agência fizeram. Mantiveram a calma, procuraram não criar pretextos para os bandidos perderem a cabeça e, depois, se submeteram à natural desconfiança da Polícia ao chegar. Mais tarde, prestaram informações aos policiais. Fiquei impressionado, como já disse, com a incrível rapidez com que chegou o pessoal da ROTA, num dia de trânsito especialmente terrível em São Paulo (sexta-feira e ainda com chuvas). Por um ou dois minutos eles não pegam os bandidos. Logo em seguida acorreram mais policiais e também viaturas e agentes da Polícia Civil. Pelo visto, a quadrilha já fez outros assaltos e as fisionomias e o comportamento dos bandidos é conhecido da Polícia, que está examinando os vídeos das câmeras de vigilância. Um grande abraço e bom fim de semana.

FORA BOLIVARIANOS ! em 13 de março de 2015

Puxa Setti... mas q bom q vc e sua família estão bem - assim como todos os cidadãos q estavam na agência! . Viu, vc não viu/ouviu uma das assaltantes ser chamada de Estela [codinome de dona Dilma Vana Roussef]? Parece q ela anda querendo reviver os bons tempos - já q os atuais estão no fim!

Ellen Dastry em 13 de março de 2015

Que loucura!!!!! Você está bem? Sim, querida. E trabalhando. Daqui a pouco vou ver séries americanas... Beijão

Freytaz em 13 de março de 2015

Situação deprimente, no entanto,suavizada pela maestria da sua pena. Belíssimo depoimento, Setti! Te juro que eu preferia não ter que escrever esse post. Mas, apesar de os bandidos terem fugido, eu fiquei muito bem impressionado com a rapidez, o comportamento e o equipamento da Polícia Militar.

Cesar em 13 de março de 2015

Muito triste e infeliz mais um episódio como este, mas por favor leiam a mensangem abaixo de luivinnáfio e a resposta dada... Absolutamente sensacional Ussê diz que é fenffaffional purquê é burguêiz reassionáriu dazelite dizoioazur qui gosta dusgringu dos istadusunidu

Fernando Duque em 13 de março de 2015

Por incrível que pareça, Setti, esses são os bandidos menos perigosos, pois conhecem muito bem a lei e sabem que se houver latrocínio, a pena é das mais pesadas, além de ser crime hediondo. O mais perigoso é o pé-de-chinelo que assalta tremendo de medo mais do que a própria vítima. É bem verdade que no seu caso, se a ROTA chegasse mais cedo, haveria um tiroteio dos diabos. A gerente foi muito serena nessa hora. Graças a Deus, nenhum cliente ou bancário, ou vigilante saiu ferido. Mas assalto a banco me lembra terrorismo, e terrorismo me lembra o tetra-assassino Cesre Battisti. O BRASIL não se cansa de passar vergonha mundo afora, não ? Ontem TODOS os jornais italianos noticiaram com destaque a prisão de Battisti. Hoje, as manchetes foram: "Farsa in Brasile: Battisti arrestato e subito liberato" Quando os italianos vão aprender que o Brasil é uma republiqueta das bananas e de bananas ? O Brasil nunca foi, nem jamais será sério !!! Charles De Gaulle foi perfeito, a melhor definição sobre esse amontoado de gente, que se pretende uma nação. PIADA !!!! Caro Fernando, como eu viajo com alguma frequência para as Oropas, por razões de família, posso lhe assegurar que os italianos, sobretudo eles, JÁ SABEM. O caso Battisti ofendeu terrivelmente as instituições italianas, uma vez que o Grande Impostor resolveu conceder "asilo político" a esse criminoso condenado por um Estado de Direito mil vezes mais correto do que o nosso como se ele fosse se tornar um "perseguido político", caso voltasse à Itália. O Grande Embusteiro tratou a Itália, terra de onde descendem 35 milhões de brasileiros, como se fosse uma republiqueta de bananas -- como se fosse uma das republiquetas que o lulalato tanto estima. Digamos, uma Venezuela. A reputação do país na Europa e nos Estados Unidos, bem como no Japão e outros países sérios (Austrália, por exemplo), está de-sa-ban-do. É uma tristeza. Obrigado por sua mensagem. Um abraço

Hobben em 13 de março de 2015

Ainda bem que foi só um susto. Estamos no Brasil do lulopestismo. Obrigado, caro Hobben.

J.B.CRUZ em 13 de março de 2015

CARO SETTI: Você pode não acreditar, mas houve um tempo em que não havia guardas nas portas dos bancos; nem dentro.Não havia casamatas no interior das casas bancárias..Você entrava e saia livremente..Assaltos a bancos eram coisas de filmes americano.. Não havia carro blindado, aqueles seguranças super-armados para recolher dinheiro, nem se anunciava aos ladrões que a chave do cofre não estava com o motorista, ou que o carro estava sendo monitorado por satélite.. Houve um tempo em que você saia a noite para namorar e voltava andando de madrugada pelas ruas da cidade, displicentemente, sentindo o cheiro de jasmim e alecrim, sem olhar para trás, sem temer as sombras.. Houve um tempo em que as pessoas se visitavam airosamente..Chegavam a casa do amigo ou parente, no meio da tarde ou a noite, contavam casos, tomavam café,falavam da saúde,religião, tricotavam sobre a vida alheia e voltavam de bonde á suas casas.. Houve um tempo em que o homem de bem não assinava promissórias,bastava um fio de bigode ou a palavra de honra e aquilo valia como promessa de pagamento no prazo ajustado.. Houve um tempo em que os jovens com menos de 18 anos tinham de estar em casa no máximo até as 10 horas da noite.. Houve um tempo em que o professor ou a professora quando entrava na sala de aula, os alunos se levantavam e ficavam ao lado das carteiras para recepcioná-los. houve um tempo em que o leiteiro deixava a garrafa de leite(de vidro),nas varandas ou na porta da sala, do lado de fora das casas, a gente ia para o grupo escolar de uniforme azul e branco, de manhãzinha, passava pelas casas e não ocorria que alguém pudesse roubar aquilo.. Esse tempo existiu..Tempos de J.K, dias de um BRASIL sacrificado, mas,alegre,trabalhador, honrado,digno,respeito ao próximo, onde os filhos chamavam os PAIS de SENHOR e SENHORA, pediam a benção e até beijavam-lhes as mãos... Sonhos???..Não!!!! Este BRASIL existiu.... Houve um tempo......... ----------------------- Não precisa me contar, não. Eu também me lembro...

Reynaldo-BH em 13 de março de 2015

Amigo Setti, este é o país em que vivemos! Graças ao UNIVERSO nada aconteceu contigo!!! Fica o susto e o (quase) "obrigado pelos bandidos não terem feitos refés ou vítimas. Devem ser profissionais! PS: te andei um mail. Abraços Muito obrigado, amigo Reynaldo. Escrevi o post para mostrar a banalidade do mal a que todos nós, brasileiros de todos os gêneros, tipos, grupos étnicos, faixas de renda, profissões ou o que seja estamos sujeitos. O que acabou me impressionando favoravelmente, apesar de os criminosos haverem escapado, foi a rapidez impressionante, o comportamento e o equipamento da Polícia Militar. Como há fitas de registro do assalto, e a Polícia Civil já as estava examinando quando deixei a agência, não excluo a possibilidade de os camaradas serem apanhados. Um grande abraço.

GCOELHO em 13 de março de 2015

Sinto muito Ricardo pelo ocorrido, e graças a Deus que não ocorreu nenhuma tragédia. Ricardo, eu vivo aquí nos EUA há 22 anos e como voce sabe, aquí na América a maioria dos bancos são bancos regionais e o crime de roubo a bancos é crime federal e o bandido quando é preso e condenando vai para uma prisão federal e não sai nunca mais. Creia voce ou não, na maioria dos assaltos a bancos, o assaltante nunca mostra a arma, ele chega no caixa mostra um bilhe para o caixa pedindo o dinheiro e dizendo que tem uma arma. Os bancos orientam seus empregados a nunca reagirem, somente atenderem o que o bandido está pedindo pois o resto cabe a polícia que nunca deixa de capturar o bandido. Por isto que neste anos todos que estou aquí nunca ví assaltos desta magnitude, o Brasil precisa de mudar a lei para crime federal, sem progressão de penas e outras saidas jurídicas, e deixar esta gente apodrecer na cadeia, quem sabe assim este tipo de pena venha a diminiur este tipo de crime. Que Deus te guarde a tí e sua família todos os dias. Obrigado por sua mensagem, desejo o mesmo a você e aos seus. Abraço

Renata em 13 de março de 2015

Não é triste, muito triste, ter que passar por uma experiência dessas... e ainda ter que achar bom? Bom por não ter acontecido nada pior? Adianta de alguma coisa ser proibido usar celular dentro das agências? Já fui assaltada num ponto de ônibus por dois malacos usando canivete, que levaram um pouco de dinheiro que eu tinha e ainda se despediram agradecendo e dizendo "Tudo de bom e fique com Deus"! Não sei se fiquei com mais raiva do assalto ou do cinismo dos assaltantes.

miguel angelo romero sanches em 13 de março de 2015

a rota é a rota, parabens a ação da gloriosa POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO.

HR em 13 de março de 2015

Parabéns, Setti, pela iniciativa de postar e pela franqueza em relatar o trabalho das nossas polícias, sem demonizá-las!

JT em 13 de março de 2015

Caro Ricardo Setti, Estou impressionado com sua frieza e capacidade de descrever um assalto em detalhes, no qual você poderia ter sido uma vítima. Já fui assaltado duas vezes. Na primeira levei um chute na bolsa escrotal e fiquei sem dinheiro até mesmo para ligar do orelhão (não havia celular na época). Na segunda vez estava de carona numa caminhonete com um amigo e a mãe dele. Um carro nos fechou no mesmo lugar onde o prefeito Toninho de Campinas seria morto algumas semanas depois. Um dos bandidos apontou uma pistola na minha testa. Consegui ver a ranhura em espiral do cano da arma, acreditando que a próxima visão seria das chaves de São Pedro. Não reagi, fiquei mudo e entreguei meu relógio, ganho num cassino do Uruguai (easy come, easy go). Naquela noite conheci o mundo cão. Uma senhora nos deu carona até a delegacia de polícia. Ela parou o carro pois achou que estávamos querendo assaltar ela naquele lugar escuro, na saída de um shopping para a estrada. Fazer um B.O. é uma das coisas mais desagradáveis que existe. Vi uma mulher chegar na delegacia com a boca rasgada. Ela acabara de ser estuprada, amarrada nas costas de seu namorado. A polícia havia capturado o suspeito e queriam que ela o reconhecesse. A moça era linda, mas seus olhos azuis refletiam apenas o terror que maculou sua vida para sempre. Nós somos muito frágeis. Deveríamos compensar isso com inteligência, nos ajudando uns aos outros, mas a verdade é que somos muito burros e não sabemos dividir as riquezas abundantes que este planeta nos reserva. O ser humano quer sempre mais e não basta conquistar as coisas com trabalho e empreendimento. No fim das contas, não adianta se desesperar. A fleuma de seu breve relato prova que você não se desesperou, tirando de um episódio lamentável um exemplo de conduta para os demais. Vamos em frente. Caro Jean, não me sinto exemplo para nada. Só estou dando graças a Deus de não ter havido tiroteio nem bala perdida. Como escrevi no texto, e como você acaba de confirmar, infelizmente esse tipo de coisa é rotina "neztepaiz". Abraço e obrigado pela atenção.

Ricardo em 13 de março de 2015

Já passei por situação semelhante e fico feliz de nada de maior gravidade ter ocorrido com vocês. Duas observações: 1. Esses bandidos deveriam estar na passeata em favor do PT, pois são companheiros de profissão! 2. A mochila que levavam tinha alguma coisa a ver com o "Moch" Vaccari? Obrigado pela mensagem, caro Ricardo. Quanto aos bandidos, ele se diferenciam de "outros" bandidos que igualmente nos assolam apenas no modo de agir... Abraço

Becker em 13 de março de 2015

Realmente Setti, é uma experiência muito desagradável. Apesar de toda perícia da PM, graças a Deus eles chegaram após a saída dos criminosos. A chegada durante o assalto atrapalha o planejamento do ataque e quem sofre as consequências são as pessoas de bem. Afinal "nestepaiz", em algumas cidades, não se pode usar celular em agência bancária. Mas no presídio está liberado seu uso. Vai entender.

Maria Monteiro em 13 de março de 2015

Feliz que nada tenha acontecido com vc, sua família e todos no banco.

Luivinnáfio em 13 de março de 2015

Ajênti eztômuz cumvenssido, cumpanhêruzlff, di quê u fauto ocorriuldu naz ajenssa bancára num foi numca um cimprez açauto. O fauto acuntessidu foi uma êizpopriassãum de dóla duz banqêru, êimfavô du pôuvo brasilêru. É o cumessu du çossalirmu demucrátko, cumpanhêruzlff! Num goztou!?? Cêi zé burgêiz, cochinhaz, gorpizta zinimigu da Pêtobráiz, i cêiz vai tumá porrada du ezéssitu du Estédile. Cê izqueffeu di dizê ki a curpa é do Esse Agá Cê.

elianemoura em 13 de março de 2015

Cruzes! Ainda bem que ninguém se feriu!

Mauricio em 13 de março de 2015

Fico feliz que nada ocorreu com todos vocês.

Duda em 13 de março de 2015

Sou solidário a vc Setti, e infelizmente bem vindo ao clube.

tutti em 13 de março de 2015

Ainda bem que não aconteceu nada de mais grave. Eu sempre tenho medo quando vou ao banco,aviso aos seguranças que vou pegar o carro no estacionamento.Esse é o Brasil que nos restou depois dessa praga de cupins que é o PT.Segurança zero.

marcos em 13 de março de 2015

A minha solidariedade, caro Setti. Fico feliz que tenha saído ileso. O Brasil está refém de criminosos que ostentam armamento sofisticado denotando que o estado brasileiro é totalmente impotente para o enfrentamento com bandidos. 12 anos de descalabro ainda produzirá, lamentavelmente, muitos efeitos nocivos para todos nós. Abs.

IvanAraguaia em 13 de março de 2015

Setti, passei por essa mesma traumática experiência. No meu caso, todos se deitaram no chão, cautelosa e silenciosamente, para não chamar a atenção. A quadrilha foi pega dias depois.

Angelo Losguardi em 13 de março de 2015

Graças a Deus terminou sem maiores problemas pra vocês, Setti. Muito embora todo o estresse de uma situação assim nos faça um mal incrível. Li há pouco no Globo que assaltaram um vagão de metrô. Eu poderia estar ali. Coisas assim faz a gente se sentir muito mal. Infelizmente é isso, tudo só piora por aqui.

Luciano Jorge em 13 de março de 2015

Não publico comentários elogiando a ditadura militar.

Marcos F em 13 de março de 2015

Eles são muito corajosos e estão bem organizados. Aprenderam com a cúpula - se é que me entendem. Creio haver inteligência externa nesses casos. A Justiça Brasileira os respeita com Direitos Inumanos.

Thomas Rossi em 13 de março de 2015

Grande Setti, que bom que nada aconteceu com você. O bacana é narrar a coisa com elegância e humor, apesar de tudo. Um abraço e boa sorte. Obrigado, caro Thomas. Outro abração pra você.

Ernesto Barros em 13 de março de 2015

Graças a Deus, ninguém ficou ferido. Para que este tipo de ocorrência policial deixe de ser rotina nas grandes cidades brasileiras, para interromper o verdadeiro martírio dos pobres nos hospitais públicos, para evitar que seja criada uma geração de semi-analfabetos com diploma universitário, estamos lutando. O PT tem muito a ver com todo este caos!

Pergunto: ISSO É CRIME HEDIONDO????? em 13 de março de 2015

- - Até quando o congresso vai brincar de legislar em favor do CIDADÃO DE BEM??????? só vejo leis discriminatórias. NÓ HOMENS ( ÉTEROS, PRINCIPALMENTE), NÃO TEMOS NINGUÉM QUE NOS DEFENDA..... podemos ser assassiandos com requinte de crueldade, que a pena do bandido, se houver, será branda e, em pouco tempo, fora da cadeia.... - - CRIMES HEDIONDOS --- parece bricandeira ... - - POLICIAL É ASSASSIANDO, .. nada, cansei, estou de saco cheio....

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